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Mesas-Redondas

As Artes e as Linguagens Híbridas 

13 de novembro –  13:30 

Mediadora: Renata Cazarini

 

Convidados confirmados:

Profa. Dra. Renata Mancini (UFF)

Lourenço Mutarelli (romancista e quadrinista)

Paula Picarelli (atriz) 

Nelson Baskerville (diretor teatral)

Maurício Brandão (Coletivo BijaRi)

O debate vai além da adaptação do romance para o teatro, dos quadrinhos para o cinema. Também vai além da ideia do fronteiriço, da poesia “entre”, como afirmou o poeta Augusto de Campos acerca dos “Poemóbiles”, confeccionados com o artista e teórico da Semiótica Julio Plaza, objetos que ficam entre o livro e a escultura.

O debate sobre linguagens híbridas não se restringe ao intersemiótico, intermídia ou interdisciplinar, mas aborda obras que transgridem formas, gêneros ou linguagens. Etimologicamente, “transgredir” é “atravessar”.

O “inter” é ainda um “entre”. O “trans” é transpor fronteiras, divisas, limites. No contexto epistemológico, conforme a formulação do “pensamento complexo” de Edgar Morin, trata-se de distinguir e unir, não de separar e reduzir. Trata-se de substituir um pensamento de causalidade unilinear e unidimensional por uma causalidade em círculo e multirreferencial.

No contexto semiótico, a Profa. Dra. Renata Mancini, da Universidade Federal Fluminense (UFF), propõe uma abordagem das linguagens híbridas como um desafio a modos cristalizados de enunciação, contemplando a diversidade de práticas artísticas e a relevância dos contatos entre linguagens nos modos de produção cultural contemporâneos.

O multiartista Lourenço Mutarelli dará um testemunho sobre sua literatura, que se compõe como montagem de frames ou sequência de quadros, e seus quadrinhos, que se constituem romances. Mutarelli é transgressão formal e temática. Ou, como diz a profa. Renata Mancini, ele segue “estratégias diferentes, opostas, mas complementares de criar uma linguagem na outra”.

A práxis das linguagens híbridas nas artes será exemplificada com um debate sobre o espetáculo “Os 3 mundos”, primeira obra teatral dos quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá. A atriz Paula Picarelli foi a idealizadora do projeto, um espetáculo multimídia de ação que mescla teatro, cinema, HQ e Kung-Fu, dirigido por Nelson Baskerville. Encenado no segundo semestre de 2018 no Teatro Sesi São Paulo, “Os 3 mundos” transgride as fronteiras: os atores interagem com projeções em dois planos cênicos, retomando elementos da linguagem das HQ por meio de recursos de vídeo. O videocenário de “Os 3 mundos”, que conquistou o prêmio Shell de teatro em São Paulo na categoria Cenografia, foi desenvolvido pelo arquiteto Maurício Brandão, do coletivo BijaRi.

Sobre “Os 3 mundos”

Tradução Teatral

13 de novembro – 17h

Mediadora: Érika Bodstein

 

Convidados confirmados:

Profa.Dra.Cláudia Sibile Dornbusch

Prof.Dr. Fábio de Souza 

Prof. Dr. Jaa Torrano

A tradução e a adaptação de textos literários e de outras mídias para o teatro ganham, pela primeira vez, na 3ª edição da JOTA, um espaço especial. Questões teóricas sobre o processo de realização juntam-se às experiências com a recepção e com a interatividade dos escritores com os artistas do palco e as companhias.  A mesa, mediada pela encenadora Érika Bodstein, traz pesquisadores cujos trabalhos dialogam com as artes cênicas: Profa.Dra.Cláudia Sibile Dornbusch, do Departamento de Letras Modernas (alemão), Prof.Dr. Fábio de Souza do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada e Prof. Dr. Jaa Torrano do Departamento de Letras Clássicas da FFLCH (grego). Os docentes da Universidade de São Paulo realizaram traduções icônicas de autores como Bertold Brecht, Georg Büchner, Ésquilo, Eurípedes, Frank Wedekind, Heiner Müller, Hesíodo, Homero, J. S. Bach e Samuel Beckett, Sófocles e Platão. Suas traduções foram encenadas por diretores como Bob Wilson e José Celso Martínez Corrêa, entre outros.

Adaptação e Novas Mídias

14 de novembro - 10:30

Mediadora:  Dra. Silvia Cobelo – USP

Convidados confirmados: 

Prof. Dr. Sérgio Nesteriuk

Profa. Dra. Andrea Catrópa

Prof. Dr. Regis Augustus B. Closel

 

As novas mídias digitais permeiam, cada vez mais, a cultura em sua mais ampla concepção. Obras clássicas são adaptadas em forma de séries e filmes e são vistas por milhões através dos canais de streaming; ou também se convertem em podcasts, vlogs, aplicativos e games. 

A mesa conta com um especialista em recepção de Shakespeare, Régis; Sérgio que pesquisa games e transmídia e a escritora Andréa, que trabalha com literatura eletrônica; uma composição perfeita para uma animada discussão e reflexão sobre nossa atual realidade cultural. 

Diversidade e Representatividade e os Novos Rumos da Adaptação

14 de novembro - 13:30

Mediadora: Valéria Marchi – USP

 

Convidados confirmados: 

Carlos Eduardo Oliveira do Carmo (UFBA)

Maria Shu (Dramaturgia Negra)

Dra. Nilce Maria Pereira (Unesp)

Leona Jhovs  (Dramaturgia Trans)

O teatro cumpre desde os primórdios da humanidade o papel de retratar e refletir de maneira crítica as relações humanas em todas as esferas sociais. Tal qual a imagem de um espelho convexo, o teatro amplia e multidimensiona os campos de visão das sociedades e de seus aspectos relacionais. Ele reflete não só as estruturas sociais, mas as contradições e tensões no interior dessas estruturas. E essas mesmas estruturas se movem e se reorganizam ciclicamente sempre. A dramaturgia cumpre, então, seu papel de mediação e reflete aquilo que vibra e reverbera no âmbito do humano e do social. As questões sobre Diversidade, Gênero, Raça, Feminismo e Representatividade estão no olho do furacão social contemporâneo e nunca foi tão necessário que venham à baila e fomentem ampla discussão.

A mesa Diversidade e Representatividade e os Novos Rumos da Adaptação procura, pelo debate entre suas convidadas Maria Shu, Leona Johvs, Nilce Maria Pereira e Carlos Eduardo Oliveira Carmo, promover essa discussão sobre os caminhos que a adaptação teatral tem percorrido a partir do levantamento dessas questões tão pungentes. A dramaturgia, na sua dinâmica e pulsante reflexão cênica, adapta-se, transforma-se e busca, através do material dramático, refletir e transformar o material humano.

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